A doença de Parkinson é a segunda desordem neurodegenerativa mais comum entre a população da melhor idade.
O Parkinson é caracterizado pela perda progressiva de células nervosas (ou neurônios) numa área do cérebro chamada de pars compacta, que desempenha um papel fundamental na produção e liberação de dopamina no cérebro.
Alguns medicamentos primários, como a Levodopa, não impedem a progressão da doença – e a longo prazo pode provocar sintomas clínicos adicionais, como psicose, flutuações de humor, movimentos involuntários e aumento do comprometimento cognitivo.
Embora vários estudos estejam em andamento, um número significativo de ensaios clínicos vem falhados, fazendo com que especialistas no assunto mudem seu foco: do combate para prevenção da doença.
Estudos recentes vem atraindo a atenção de muitos especialistas, relatando que compostos derivados de fontes naturais podem fazer parte da nutrição diária, auxiliando na prevenção de doenças neuronais.
Um estudo clínico com os bioativos do cogumelo Juba de Leão (Hericium erinaceus) vem confirmando essas recém descobertas. Diferentes compostos isolados deste cogumelo foram ativamente estudados e mostrou que a administração oral do corpo frutífero deste cogumelo foi eficaz na melhoria do comprometimento cognitivo em pacientes japoneses de 50 a 80 anos de idade.
Esses estudos revelaram que os bioativos naturais do Cogumelo Juba de Leão possui compostos neurotróficas, ou seja, substâncias que ajuda no crescimento, manutenção, sobrevivência e regeneração dos neurônios.
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